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NÃO FAÇA DAS SUAS COMPRAS DE FIM DE ANO UMA CHACINA: CONSUMA DE FORMA CONSCIENTE!

  • Foto do escritor: Gabriela Lessi
    Gabriela Lessi
  • 21 de dez. de 2018
  • 3 min de leitura

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"Eu não quero morrer pela moda"

Quem me segue nas redes sociais há um tempo já deve ter me escutado falar sobre consumo consciente diversas vezes! Desde que comecei a praticar meditação e a me conectar com algo maior - o famoso despertar espiritual -, passei a me tornar uma pessoa muito mais consciente sobre meu corpo, minha alimentação, minhas escolhas, minhas pegadas que deixo no planeta e, consequentemente, onde eu coloco o meu dinheiro.


Um dos primeiros insights que tive foi: "poxa, por que eu consumo artigos de moda e beleza de marcas gigantes - multinacionais na maior parte das vezes - e não de pequenos produtores, que ralam pra caramba pra conseguirem manifestar os seus sonhos de forma justa e honesta?". De prontidão, a justificativa que a maioria das pessoas (inclusive eu) tem é o preço. De fato, consumir de grandes marcas de fast fashion, por exemplo, pode sair mais em conta do que consumir da lojinha do Instagram. Mas o questionamento persiste: e por que esses produtos de grandes marcas são mais baratos? Claro que além da qualidade ser bem menor, o que barateia os produtos dessas grandes corporações é a mão de obra.


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Não é de hoje que falamos sobre a relação do mundo da moda com o trabalho escravo. Escândalos como o da Zara já aparecem na mídia desde 2011. Infelizmente, em pleno 2018 (quase 2019), trabalho escravo e trabalho escravo infantil ainda existem - e muito - no mundo todo! Em 2015 foi lançado o documentário fortíssimo The True Cost (Netflix!!) que retrata a realidade de países asiáticos que não têm outra escolha além de se submeterem às absurdas condições de trabalho a salários baixíssimos. Quando assisti na primeira vez, meu estômago ficou completamente revirado. A vontade que eu tinha era de afundar a cara no travesseiro e chorar por horas (sem exageros!).

Prédio que desabou pelas péssimas condições e matou mais de 1000 trabalhadores da indústria têxtil
Rana Plaza - Prédio que desabou pelas péssimas condições e matou 1135 trabalhadores da indústria têxtil (maioria mulheres e crianças)

Até onde vai a vaidade do ser humano? Até onde o seu prazer e os seus luxos valem mais do que a vida de uma pessoa? Do que a vida de uma criança? Realmente vale a pena economizar alguns reais e comprar um produto que venha de um background sujo, desumano, com uma carga de energia negativa altíssima? Consuma consciente! Se informe! Busque saber da onde vem o produto que você está investindo o seu dinheiro. Busque saber a procedência. Pesquise. Saia da comodidade. Existem pessoas morrendo, mulheres sendo abusadas sexualmente e fisicamente, crianças nascendo com deficiências por conta de produtos químicos utilizados no tratamento do couro ou tingimento de tecidos, por exemplo - além de serem descartados na natureza, o que destrói o meio ambiente!


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Apesar de empresas éticas não terem os preços mais apetitosos do mercado, você vai poder viver com tranquilidade sabendo que está usando seu dinheiro para apoiar companhias que garantem que seus funcionários e o meio ambiente estejam sendo tratados com respeito e consciência.


Mas por onde começar? Existem um app que facilitará sua vida: Moda Livre. O aplicativo, que está disponível tanto para Android quanto para iOS, classifica marcas em "melhor avaliação/avaliação intermediária/pior avaliação" em relação ao combate ao trabalho escravo. O app também apresenta uma explicação sobre o que é trabalho escravo e algumas notícias que saíram na mídia.


Pra facilitar, fiz uma lista com marcas que você não deve consumir e 3 marcas com propostas super bacanas (por favor, se tiver alguma indicação, me mande pelo Instagram @gabrielalessi).


MARCAS PARA NÃO CONSUMIR

Zara Animale

Forever 21 Renner

M. Officer Pernambucanas

Bo.Bô Marisa

Riachuelo Luigi Bertolli

Amissima Billabong

Ateen Lacoste

Besni TNG

Bourbon Track & Field

Carmen Steffens Urban Outfitters

Centauro Rosa Chá

Cia Marítima Side Walk

Colcci Ralph Lauren

Emme Le Lis Blanc

Forum Handbook

TopShop Victoria's Secret

GAP L'Oreal

Estée Lauder Avon

Benefit Clinique


MARCAS ALTERNATIVAS
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Flavia Aranha (@flaviaaranha) - marca paulistana da estilista Flavia Aranha. Todas as peças são feitas de forma sustentável, com tecidos orgânicos e tingimento natural (como cúrcuma e urucum)



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Pano Social (@panosocial) - marca que utiliza tecidos orgânicos e tem como mão de obra ex detentos, cumprindo a missão de reinseri-los na sociedade.



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Raiô (@sejaraio) - marca independente que levanta questões importantíssimas sobre opressão à minorias (racismo, machismo, LGBTQfobia).


Também é muito válido consumir produtos de segunda mão (second hand) - como brechós.


Boas compras - e não se esqueçam de comprar apenas o necessário! Diga não ao excesso e desperdício. Aproveitar um tempo de qualidade juntos e 100% presentes ainda são os melhores gifts que você pode dar à alguém.


Com amor e carinho,


XX


Gabi Lessi


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